2025-02-07
Palavras chave
alvoaça tunelNo último número da Revista Zimbro divulgámos algumas informações muito relevantes no que concerne ao actual tema do Túnel da Alvoaça. Na mesma linha de pensamento, e numa tentativa de sustentar as evidências que já tinham sido expostas na última edição, partilhamos mais algumas notas sobre o assunto em epígrafe.
Serviu de motivação à publicação do último artigo sobre o tema em questão, o encontro promovido pela ADERES em Unhais da Serra. O mesmo parece ter tido como propósito a criação de dinâmicas dinâmicas que se reflictam na concretização de uma melhor ligação no atravessamento da Serra da Estrela (sem que isso implique o abandono das povoações que se encontram entre os dois pólos extremos, Covilhã e Seia). A mesma situação terá sucedido com o túnel da Gardunha, que hoje cria constrangimentos no Fundão, e, não tardará muito, na Covilhã e na Guarda.
Do nosso ponto de vista, o túnel da Gardunha não foi uma boa opção, porque o desvio da estrada para leste (abrindo radiais com poucos quilómetros), poderia satisfazer as vilas de Penamacor e Sabugal. Se António Paulouro, então director do jornal do Fundão, reivindicou, semanalmente, e ao longo de 40 anos, a abertura de um túnel, o que o mesmo pretendia defender era que era preciso vencer a Serra da Gardunha. Caberia, por isso, aos técnicos, ultrapassar a barreira da melhor forma, satisfazendo o território de uma maneira mais abrangente.
Se há mais de 35 anos desenhámos uma ideia, que apresentámos aos autarcas e a outras entidades – conforme consta nos documentos que juntamos abaixo, uma das premissas que quisemos cumprir a priori era não deixar ninguém de fora e, muito menos, alcançar um estatuto protagonista do projecto em questão. A razão principal foi a de promover o desenvolvimento da região como um todo, sem que se ignorasse quem está e tem vindo a ser desprotegido, em particular, as terras que se encontram entre a Covilhã e Seia. Estas, por sua vez, sentiram especialmente o peso deste abandono desde que a estrada da Torre foi aberta.
O facto do encontro em Unhais da Serra ter acontecido sem a presença dos demais autarcas e influentes lobis do lado de Seia, bem assim como menosprezado o papel que a nossa Associação tem tido em todo este processo, foi um momento de uma desconsideração incomodativa. Importaria, neste caso, que os seus protagonistas reflectissem sobre o sucedido para que se rumasse a bom porto, isto se quisessem alimentar em harmonia o desenvolvimento de um dos projectos mais interessantes para a região e para a conservação da Serra da Estrela, particularmente.
(1)https://www.revistazimbro.pt/2024/12/23/tunel-da-alvoaca/
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