2024-10-07
Palavras chave
anbiente covilha ecologiaO Programa de Revitalização da Serra da Estrela surgiu em consequência do violento incêndio que teve início no dia 6 de Agosto de 2022, queimando cerca de 30 mil hectares com graves danos ambientais, ecológicos e para a biodiversidade do território. Se dúvidas havia quanto às boas intenções dos Municípios que integram a Associação criada para aplicar os 155 milhões de euros destinados à revitalização da Serra da Estrela, os sinais que estes Municípios nos transmitem fazem-nos, agora, temer o pior.
O anterior Governo investiu fortemente na resposta para acudir às emergências e aos prejuízos, porque o impacto que o fogo teve nos portugueses assim o ditava. Seguiram-se as enxurradas que, previsivelmente, vieram agravar a situação.
A imagem acima mostra-nos os representantes das diversas entidades no acto da assinatura dos contratos-programa no valor 8,9 milhões de euros para ações de emergência na Serra da Estrela, que aconteceu no dia 14 de Outubro de 2022, no Município da Covilhã.
A ASE procurou, sem sucesso, saber o valor endereçado a cada entidade, para executar o quê, onde e até quando. Tudo o que sabemos, porém, é o que a Comunicação Social tornou público, informações muito insuficientes para se poder escrutinar o que foi e continua a ser feito com o capital público.
O ex-secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, assinalou que os 8,9 milhões de euros seriam para trabalhos de estabilização, na recuperação de áreas ardidas e em mais de 500 quilómetros de rede viária.
Ora atendamos a algumas dessas distribuições:
Estamos com 2024 a findar e não sabemos o que, de facto, foi feito com os 8,9 milhões de euros!
Em 2 de Agosto de 2024, os seis Municípios que integram a área do Parque Natural da Serra da Estrela, reuniram-se no Vale do Mondego, mais concretamente, na Senhora de Assedace, para a escritura de uma nova Associação.
Os presidentes das Câmaras Municipais (de Celorico da Beira, Carlos Ascensão; da Covilhã, Vítor Pereira; da Guarda, Sérgio Costa; de Manteigas, Flávio Massano; de Seia, Luciano Ribeiro; e de Gouveia, Luís Tadeu Marques), são os signatários da nova Associação de Municípios do Parque Natural da Serra da Estrela (AMPNSE), cuja cerimónia contou com as presenças do Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Dr. Manuel Castro Almeida e do Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias.
O objecto da AMPNSE é centrado na coordenação das operações de revitalização e desenvolvimento deste território, de âmbito municipal e intermunicipal, integrados no Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela – PRPNSE, capaz de assegurar a implementação dos projetos de âmbito municipal e intermunicipal integrados no citado Programa. Para o cumprimento da missão que deu origem a esta Associação, o Governo disponibilizou 155 milhões de euros que irão ser empregues na promoção, cooperação e articulação entre os Municípios associados, com vista ao desenvolvimento económico e social, nomeadamente, no que diz respeito à reabilitação e desenvolvimento do Parque Natural da Serra da Estrela.
Para a sede da Associação dos Municípios do Parque Natural da Serra da Estrela, entenderam os seis presidentes que o melhor seria no Malhão da Estrela (Torre). É um sinal claro do que podemos esperar para a Serra da Estrela vindo desta Associação. Lembrar-nos-emos dos nomes dos Presidentes que assim o decidiram.
Constatamos, ainda, que o grande incêndio de 2022 foi um maná para os Municípios, que nunca viram os seus cofres com tanto dinheiro, duvidando que a Serra da Estrela venha a ficar melhor por força de tal montante!
(*) https://noticiasdacovilha.pt/apoios-para-a-serra-atingem-quase-nove-milhoes/
Defesa ambiental | 2024-11-09
Defesa ambiental | 2024-11-09
Os montantes indicados no artigo perfazem a soma de 7.732.000€. Ainda falta ~1.200.000€ para os 8,9 milhões…
Com esses 1,2 milhões eu conseguia reflorestar os 25 mil hectares ardidos todos e sobrava os 7,7 M€ para encher os bolsos às autarquias e aos autarcas…
Não se trata de “dinheiro mal gasto” – trata-se de € dos nossos impostos que não sabemos sequer se foram gastos, nem onde, nem em quê!!!
E a conivência de que dá o dinheiro com quem o recebe, permite que desapareça todo…
Mal valia que fossem honestos e assumissem
1) ninguém pagou e ninguém recebeu. Por isso não foi gasto e não há obra feita com esse dinheiro.
2) o dinheiro existe e foi entregue. DIGAM ONDE GASTARAM AS VERBAS, POR FAVOR. Temos direita a saber onde vão os nossos impostos!!