2024-04-07
Palavras chave
agricultura land lifeLAND LIFE E A ASE
Tomei nota de afirmações que dois autarcas – de Manteigas e Gouveia, proferiram num primeiro encontro no Centro Cívico de Manteigas, em 12 de Janeiro de 2023, naquele que viria a ser o arranque para o Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela.
“É de dentro para fora…”
“Quem cá vive é que sabe o quer…”
“ O Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela não pode impedir que as pessoas se fixem no território. Tudo tem de ser revisto, de alto a baixo”. Estava lançado o mote!
Não é que não tenhamos de ser auscultados, participativos, e ter uma última palavra sobre o que se pretende para o território de cada Município, inserido no Parque Natural, não podemos é receber 155 milhões e ignorar a sua origem. Assim como convém ter presente que as encostas degradadas que originaram derrocadas, danos materiais e perda de vidas humanas, não foram os naturais que ousaram corrigir as situações em que se encontravam. Tampouco partiu dos seus naturais ou pelos seus representantes a criação do PNSE? Tem sido uma constante ao longo do tempo, ler e ouvir de muitos autarcas a difusão de ideias de que o Parque Natural é um obstáculo a isto e aquilo? Não se observa nenhum tomar a iniciativa de querer deixar de pertencer ao PNSE. Assim como não conheço nenhuma medida que procure conciliar as pretensões reclamadas com a conservação e, isso sim, era importante de ser reflectido.
Não se pensa que com esta postura se esteja a dar cobertura ao que as várias direcções do Parque Natural têm feito? Mais acrescento que, provavelmente, terei sido a voz mais crítica, mesmo quando lá trabalhei, e tinha motivos para tal.
A cooperação com a Land Life vem, no fundo, na sequência da falta de medidas que o PRPNSE não preenche no apoio aos proprietários de terrenos com áreas florestais, e que se vêem incapazes de tomar alguma atitude para florestar os seus terrenos. O que vai acontecer, se nada for feito, é a regeneração de matos e o contínuo de pinhal com as consequências que daí advêm, com o fogo à espreita, cada vez mais e em ciclos mais curtos.
O que temos vindo a presenciar tranquiliza-nos quanto aos propósitos da Land Life. Os contactos com os proprietários têm vindo a revelar-se positivos, com a preocupação, óbvia, de procurarem as melhores mais-valias.
Esperemos que todos ganhem com esta cooperação.
Há 10 anos que reflorestam em todo o mundo, mas é em Portugal (Viseu) e Espanha onde plantaram mais futuras florestas, num total de mais de 4 milhões de árvores!
Eles são: Land Life Iberia. Uma empresa de restauro ambiental e reflorestação de precisão que se dedica a recuperar florestas resilientes em terras degradadas, de modo a maximizar os benefícios para os ecossistemas. Com uma abordagem de alta qualidade e baseada na tecnologia, a empresa revitaliza os ecossistemas naturais, promove a biodiversidade, facilita a adaptação e a mitigação das alterações climáticas e gera benefícios duradouros para as comunidades locais.
A Land Life Iberia cria florestas mistas nativas de densidade média e multiespécies que ajudam a enfrentar as ameaças das alterações climáticas. Nas florestas de baixa densidade, o fogo tem menos capacidade de se propagar através da copa das árvores. As plantações mistas são compostas por árvores coníferas e folhosas, bem como por espécies arbustivas. Além disso, é utilizada uma grande variedade de espécies autóctones, escolhidas com base em estudos técnicos que também ajudam a minimizar a propagação de doenças e pragas. Trata-se de plantar a árvore certa, no sítio certo e na altura certa.
A reflorestação centra-se em terrenos degradados e em zonas onde é mais necessário recuperar os ecossistemas e melhorar a biodiversidade. O trabalho é adaptado em função do tipo de recuperação florestal: desde a reflorestação de terrenos com um historial de incêndios recorrentes ou de pastoreio e agricultura intensivos, até à recuperação de florestas após abandono florestal.
Através de projetos de recuperação ambiental, a Land Life consegue criar habitats favoráveis para proteger o ecossistema e a fauna, com espécies frutíferas, e melhorar a qualidade paisagística do ambiente com uma seleção cuidadosa de espécies autóctones. A Land Life encarrega-se ainda de acompanhar a gestão e monitorização durante os primeiros 4 anos do projeto, o período mais crítico para que um repovoamento tenha sucesso.
Para juntas de freguesia, municípios, baldios ou ainda proprietários privados, a execução da plantação não tem qualquer custo. Este investimento provém de empresas internacionais que têm agendas climáticas comprometidas e estão dispostas a financiar projetos de reflorestação em escala, e em conjunto com a Land Life. O objetivo destas organizações é impulsionar iniciativas de transição ecológica e contribuir ativamente para o combate às alterações climáticas e para a melhoria da biodiversidade e dos ecossistemas.
Para estas organizações é essencial criar florestas saudáveis, resilientes e diversificadas. Florestas que, na maturidade, tragam benefícios para as zonas rurais:
Para além disso, é importante que a comunidade, as freguesias e aldeias, e os habitantes dos municípios conheçam e sintam a futura nova floresta como sua. Para isso, no início de cada projeto de plantação e durante os anos seguintes, a Land Life realiza atividades de educação ambiental, tanto para as crianças através das escolas como para os adultos da comunidade local.
Tanto a Land Life como os Amigos da Serra Da Estrela, acreditam que a Serra é das regiões que mais poderia beneficiar deste tipo de projetos, como um passo que deve ser dado para recuperar parte da riqueza ecológica que em pouco tempo se perdeu.
Este é um projeto que poderá contribuir para que a Serra da Estrela recupere tanto os seus solos, como a sua fauna e flora, beneficiando as suas gentes, que poderão usufruir dos novos bosques restabelecidos.
Defesa ambiental | 2024-11-09
Defesa ambiental | 2024-11-09
0 Comentários