2023-11-01
Palavras chave
castelos estrela linharesQuem vem de Norte e se aproxima da Serra depara-se com a sentinela de granito que protege, na sua retaguarda, a pequena aldeia de Linhares da Beira, no sopé da sobranceira serra da Estrela.
Nasce da rocha como se dela fizesse parte. Construído entre os séculos XII e XIII, no local onde existia um castro, da segunda idade do ferro, este castelo fez parte do sistema defensivo da Beira Alta, juntamente com os castelos de Celorico da Beira, Marialva, Moreira de Rei e Trancoso.
Passou por conquistas e reconquistas entre mouros e cristãos até que D.Afonso Henriques o conquista definitivamente e fez crescer o povoado que ainda hoje se aninha junto às muralhas.
A importância estratégica deste castelo levou a que o rei D. Dinis o ampliasse, fortificando as muralhas e construindo a Torre de Menagem. O local onde nasceu este castelo é de tal forma estratégico que não é preciso subir ao alto desta torre para se avistar o extenso território a Norte da Beira Alta, basta sair da muralha, e lá do alto vislumbra-se o extenso território do vale do Mondego.
O castelo é composto por dois recintos muralhados, ligados por uma porta gótica. De frente para o terreiro da aldeia, fica a porta que nos leva ao recinto que, na Idade Média, servia de refúgio aos habitantes e animais quando Linhares era vítima de cerco ou ataque. No extremo oposto à Torre de Menagem fica a Torre do Relógio onde, no século XVII, foi instalado um relógio de pêndulo, daí o nome.
No interior, uma porta leva-nos ao segundo recinto onde se situava o paço do alcaide, do qual restam apenas as ruínas.
A conservação e preservação do castelo e da povoação é excelente sendo fácil imaginarmos o ambiente que se vivia na Idade Média em Linhares da Beira. Dentro ou fora desta sentinela de granito respira-se história.
Defesa ambiental | 2024-11-09
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