2023-11-01
Palavras chave
arvores reflorestacaoNa campanha da plantação de 2022/2023, que contou com centenas de voluntários e o apoio de algumas empresas, fizemos questão de nos solidarizarmos com o último pedido que o Alberto, sócio nº 1 da nossa Associação, tinha feito aos filhos – que o dinheiro gasto em flores para no seu funeral fosse, ao invés, doado à Associação para ser gasto na compra e plantação de árvores na Serra da Estrela.
Todas as árvores que foram plantadas, foram oferecidas e compradas com o dinheiro de todos aqueles que seguiram o apelo do Alberto. Do ICNF/PNSE não foram recebidas nenhumas plantas e todo o processo para serem plantadas as que recebemos foi anacrónico, burocrático e difícil. Só o tempo dirá até quando este registo de estabelecimento de relações institucionais se irá manter.
Mantemos o princípio de que as plantações se devem realizar onde é mais necessário – no cimo das linhas de cabeceira, e quanto maior a altitude melhor, pois é aí que o processo erosivo se inicia.
É nestas zonas, onde não existem acessos a veículos e onde o solo para o suporte das plantas é cada vez menor, que se deve dar maior atenção. É, na nossa opinião, uma corrida contra o tempo, já que os solos férteis são cada vez mais escassos.
Como não nos foi permitido plantar onde consideramos fundamental fazê-lo, seguimos as indicações do ICNF/PNSE. Destinaram-nos duas manchas:
A primeira, na freguesia de Santa Maria, com exposição a norte, onde mais de duas centenas de voluntários plantaram 18 linhas, visíveis na foto 1. O terreno não tinha sido preparado, foi o Baldio de Santa Maria que andou, apressadamente, com um tractor a abrir uns regos. Ninguém daquele serviço acompanhou os voluntários ou esteve presente.
Nesta plantação, temos a informação do Baldio de que a taxa de sucesso poderá rondar os 80/90%. Convém salientar que, para além de uma exposição favorável, as plantas foram regadas pelos sapadores. Obrigado a todos os que se voluntariaram para aquele dia!
A segunda área indicada encontra-se na freguesia de Vila de Carvalho, exposta a sul. Era, desde o princípio, óbvio que o esforço seria em vão, na medida em que a espécie de árvores associadas à exposição, estariam destinadas ao fracasso, como, de facto, se veio verificar. Os técnicos responsáveis pela informação, mais do que não terem informado que o tereno não tinha sido tratado, sabiam que as espécies que se iriam ali plantar não teriam qualquer possibilidade de sucesso, mesmo com a compensação de acrescentar substracto na cova. As plantas não tiveram êxito.
Plantámos, ainda, em mais três zonas, mas não tivemos oportunidade de verificar as áreas para saber o resultado. Logo que nos seja possível daremos a necessária informação.
Para finalizar informamos que já temos garantidos 5000 árvores para a próxima época, esperando poder iniciar o processo em finais de Novembro próximo.
Esperamos por si!
Defesa ambiental | 2024-11-09
Defesa ambiental | 2024-11-09
Posso acrescentar que a plantação que se fez por cima da E.N. 338 na barroca que vem de Chão de Celorico e desagua no Rio Zêzere por baixo do viveiro das trutas, tem uma taxa de sobrevivência de aproximadamente 20 a 30%;
a plantação que se fez no caminho pedestre que sobe da E.N. 338 antes da Fonte Paulo Luís Martins, está com uma taxa de sobrevivência de 10 a 20%;
a plantação que se fez na cabeceira a nordeste da Fraga Grande (Alto Beijames) está com uma taxa de sobrevivência de 50 a 60%.
Dadas as condições de crescimento os resultados são bons; recorde-se que não há qualquer rega das árvores, o Inverno passado foi extremamente seco e a exposição termica muito elevada.
A taxa de sobrevivência está directamente dependente da direcção da exposição da encosta plantada.